domingo, 9 de agosto de 2015

Entre a razão e a emoção, com qual você fica?

      O que nasceu antes, a razão ou a emoção? Se você respondeu a emoção, acertou. A emoção precede a razão. Quanto mais desenvolvemos as emoções, melhor raciocinamos. Muita gente sabe isso por instinto, mas faltava comprovar cientificamente. A comprovação foi feita por neurocientistas nos Estados Unidos, na Europa e aqui no Brasil.
    Agora, faço uma provocação: o que é a literatura senão pílulas concentradas de emoção? Dessa simples pergunta, conclui-se que quem lê bastante ficção raciocina melhor. Isso de fato acontece. Outro estudo sobre o cérebro explicou o motivo. Nossa mente não distingue bem a diferença entre a realidade e a fantasia escrita nos livros. Para o cérebro, são quase a mesma coisa o enredo de um romance e um episódio que estivéssemos de fato vivendo. Resultado: aprendemos muito com a fantasia, o que nos ajuda a raciocinar melhor.
     Como se essas vantagens já não bastassem, a leitura ainda lubrifica as estradas de neurônios que produzem os pensamentos, transformando-as em verdadeiras autopistas de grande velocidade. Tanto é verdade que, num estudo recente, constatou-se que os analfabetos e os pouco letrados não ganham o benefício da agilidade dos impulsos neuroniais.

      Uma pena que isso aconteça. Como se vê, o analfabetismo é duplamente cruel com as pessoas, social e mentalmente. Resumindo a questão: se você quer maior rapidez de pensamento busque o entretenimento. O entretenimento da leitura. Ninguém sai o mesmo de um bom livro.

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